Uso indevido de imagem é considerado crime?
- Carolina Lago

- 22 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de jan.
Usar a imagem de uma pessoa sem autorização pode trazer sérios problemas jurídicos para quem comete essa prática, especialmente no mundo da moda e da publicidade, onde o uso de imagens de influenciadores, modelos e celebridades é comum. No Brasil, o direito à imagem é protegido pela Constituição Federal e pelo Código Civil, e quem viola esse direito pode ser responsabilizado civil e, em alguns casos, criminalmente.
O que diz a lei?
A lei brasileira é bastante clara quanto ao uso da imagem de uma pessoa. A imagem de qualquer pessoa só pode ser utilizada com sua expressa autorização, seja para fins comerciais, publicitários ou editoriais. Caso contrário, quem fizer o uso indevido pode ser processado por danos morais e materiais, uma vez que a imagem é um direito fundamental da personalidade.
Quando uma marca utiliza a imagem de alguém sem permissão, ela pode ser condenada a indenizar a pessoa afetada. Isso ocorre principalmente quando o uso da imagem resulta em prejuízos à reputação, honra ou privacidade da pessoa.
E se a imagem for usada de forma ofensiva?
Além dos danos civis, em algumas situações, o uso indevido da imagem pode configurar crime. Se a imagem for utilizada de uma forma que atinja a honra da pessoa, exponha sua intimidade ou a coloque em situações constrangedoras, isso pode ser enquadrado como crimes de difamação ou até de violação de direitos autorais, se a imagem for de uma obra protegida por esses direitos.
Quando o uso não é considerado crime?
Nem todo uso indevido de imagem configura crime. Em muitos casos, como o exemplo do vídeo citado, o uso não autorizado pode gerar apenas consequências civis, ou seja, a pessoa ou a marca será responsabilizada por danos morais ou materiais, mas sem responder por crime. No entanto, cada situação deve ser analisada individualmente. Se o uso indevido da imagem for de caráter ofensivo ou intencionalmente prejudicial, a marca pode enfrentar acusações criminais.
Como se proteger?
Para evitar problemas, é fundamental que marcas e empresas obtenham o consentimento expresso das pessoas antes de utilizar suas imagens. Isso pode ser feito por meio de contratos de cessão de imagem ou autorizações específicas para campanhas publicitárias, editoriais ou uso comercial.
Além disso, é importante que as marcas estejam atentas às situações em que a imagem é utilizada para evitar qualquer tipo de dano à pessoa retratada, seja material ou moral. O uso consciente e responsável da imagem é a melhor forma de prevenir conflitos e evitar dores de cabeça jurídicas.
Se você tem dúvidas sobre o uso correto de imagens ou precisa de orientação jurídica, considere buscar o auxílio de um profissional especialista.




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