Shein é acusada a promover trabalho análogo à escravidão
- Carolina Lago
- 20 de jan.
- 2 min de leitura
O recente escândalo envolvendo a Shein, uma das maiores varejistas de fast fashion do mundo, trouxe à tona uma grave questão: a exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão. Reportagens revelam que, em fábricas na China, trabalhadores enfrentam jornadas de até 75 horas por semana, muito além do permitido pelas leis trabalhistas locais. As fábricas que abastecem a Shein oferecem salários que mal cobrem o custo de vida, enquanto muitos empregados se veem obrigados a trabalhar em ambientes insalubres e sem condições adequadas de descanso.
Essa realidade, infelizmente, não é isolada na indústria da moda. O setor, especialmente o fast fashion, tem um histórico de abusos contra os direitos humanos, desde trabalho infantil até jornadas extenuantes e condições degradantes de trabalho. E é nesse cenário que o Direito da Moda, se torna uma ferramenta essencial para promover mudanças.
O Direito da Moda busca assegurar que as leis trabalhistas e de direitos humanos sejam cumpridas em todas as etapas da cadeia de produção. Isso inclui a implementação de contratos claros e justos, o cumprimento das normas de segurança e higiene no ambiente de trabalho, e a garantia de que os trabalhadores tenham jornadas dignas, com remuneração justa. Além disso, atua para que as marcas sejam responsabilizadas por práticas ilegais em sua cadeia de suprimentos, como o uso de trabalho forçado ou análogo à escravidão.
No caso da Shein, a empresa se viu no centro de investigações globais por violações recorrentes dos direitos trabalhistas. Relatórios apontam que muitos dos seus fornecedores não seguem o código de conduta estabelecido pela empresa, permitindo a exploração e o abuso de trabalhadores. Isso não apenas prejudica a imagem da marca, mas também gera riscos jurídicos significativos, que podem resultar em multas, processos judiciais e até a proibição de comercializar seus produtos em determinados países.
Assegurar a conformidade com as leis trabalhistas e de direitos humanos é fundamental para a sustentabilidade do negócio e para preservar a reputação das marcas. Um modelo de negócio que explora trabalhadores pode resultar em boicotes de consumidores e sanções severas em âmbito nacional e internacional. No mundo atual, cada vez mais informado e atento às práticas empresariais, transparência e ética são exigências inegociáveis.
No Carolina Lago Advocacia, estamos preparados para orientar e representar marcas, empresas e profissionais da moda, ajudando a garantir a conformidade com a legislação trabalhista e promover práticas mais justas e humanas. Se você é uma marca ou profissional da moda, entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar sua empresa a crescer de maneira ética e sustentável.
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