Moda e gastronomia: grandes marcas expandem para o setor gastronômico
- Carolina Lago
- 14 de mar.
- 2 min de leitura
Nos últimos anos, um fenômeno interessante tem tomado conta do mundo das marcas de moda: a fusão entre o universo fashion e o gastronômico. Diversas grifes, especialmente as de luxo, estão investindo em cafeterias, bares e restaurantes como uma forma de expandir suas estratégias de branding e criar experiências imersivas para os seus clientes.
A ideia por trás dessa estratégia é simples: proporcionar ao consumidor uma maneira mais acessível de vivenciar a marca, sem a necessidade de adquirir um produto de alto valor, mas ainda assim sendo uma porta de entrada para futuros consumidores de itens de luxo. Essa experiência permite que as pessoas interajam com a marca de uma maneira mais pessoal e direta, sentindo-se imersas no universo da grife, o que cria um vínculo emocional e aumenta a lealdade à marca.
Exemplos de marcas de moda no setor gastronômico:

• Chanel: A famosa grife francesa abriu o Chanel Café em Tóquio, um local que oferece pratos e bebidas inspirados no luxo e na elegância da marca. O café oferece uma experiência que remete à sofisticação da marca, sem a necessidade de um grande investimento.

• Dior: A marca também investiu em uma estratégia gastronômica com a inauguração do Dior Café. Localizado em diversas cidades, como Tóquio e Paris, o restaurante proporciona aos clientes uma experiência alinhada à estética refinada da Dior, além de expor sua linha de produtos.

• Louis Vuitton: A marca de luxo Louis Vuitton abriu o Restaurante Sugalabo V em Paris, proporcionando uma experiência gastronômica que não só completa a experiência de compras, mas também visa atrair consumidores para o universo da marca, oferecendo um ambiente elegante e único.
Com a expansão das marcas de moda para o setor gastronômico, surgem questões jurídicas importantes que as empresas precisam considerar. O Direito da Moda vai além das questões tradicionais de propriedade intelectual relacionadas a roupas e acessórios. Nesse novo contexto, marcas precisam garantir que a proteção de suas criações gastronômicas, incluindo design de interiores e cardápios exclusivos, esteja alinhada com as leis de propriedade intelectual, como o registro de marcas e direitos autorais.
Além disso, a expansão para o mercado gastronômico envolve uma série de outros aspectos legais, como contratos de licenciamento, gestão de franquias, regulamentos sanitários e de segurança alimentar, e a proteção contra concorrência desleal.
Essas marcas de luxo estão utilizando a gastronomia como uma estratégia para expandir sua presença e fortalecer seu posicionamento no mercado. No entanto, é essencial que elas estejam cientes das implicações legais ao adotar esse tipo de expansão para garantir que suas criações e a experiência de seus clientes sejam bem protegidas.
A combinação de moda e gastronomia não é apenas uma tendência, mas uma maneira de as marcas se conectarem com seus clientes em um nível mais profundo, criando experiências inesquecíveis. Para aqueles que atuam no Direito da Moda, esse fenômeno traz novas oportunidades de aplicar a legislação de forma criativa e inovadora, garantindo que as marcas aproveitem ao máximo seu potencial no mercado.
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