Antes de assinar qualquer contrato na sua marca, verifique isso...
- Carolina Lago Advocacia

- 3 de dez.
- 2 min de leitura
Contratos são instrumentos essenciais na estrutura empresarial de uma marca de moda. Eles influenciam diretamente na relação com fornecedores, parceiros comerciais, influenciadores, estilistas, fotógrafos, prestadores de serviço e na gestão da própria marca.
No Brasil, o Código Civil (Lei nº 10.406/2002) estabelece princípios fundamentais como a boa-fé objetiva (art. 422), o equilíbrio contratual, a transparência, além de garantir que nenhuma cláusula imponha obrigações abusivas ou desproporcionais.
A seguir, os principais pontos que precisam ser verificados antes da assinatura:
1. Propriedade Intelectual e Direitos Autorais
No setor da moda, a propriedade intelectual é um dos maiores ativos da marca. É fundamental identificar:
Quem será o titular das criações (estampas, fotos, peças, vídeos, artes, copywriting, lookbooks).
Se há cláusulas que transferem indevidamente direitos autorais para terceiros.
Se o uso da marca (nome, logotipo, identidade visual) é autorizado apenas dentro dos limites contratados.
Um erro comum é permitir que agências ou influenciadores se tornem donos de conteúdos produzidos para a marca — o que pode gerar conflitos futuros.
2. Obrigações de cada parte e responsabilidades em caso de falhas
O contrato precisa definir:
Quem entrega o quê.
Prazos.
Qualidade do serviço.
Responsabilidades por danos à imagem ou uso indevido da marca.
Penalidades por atraso, falta de entrega ou execução inadequada.
Isso evita brechas que geram prejuízos, especialmente em campanhas, coleções e collabs.
3. Multas e penalidades
A multa deve ser proporcional, conforme art. 413 do Código Civil. Multas abusivas são anuláveis judicialmente, mas o ideal é evitar esse litígio desde o início.
4. Prazo de Vigência, Renovações e Rescisão
Um contrato equilibrado precisa estabelecer:
Prazo de duração.
Condições de encerramento.
Prazos para aviso prévio.
Obrigações que permanecem após o término (ex.: confidencialidade e uso de imagem).
Marcas de moda sofrem prejuízos quando não observam cláusulas de renovação automática ou barreiras para encerrar contratos que já não fazem sentido estratégico.
5. Confidencialidade e informações sensíveis
A moda é um setor competitivo e a proteção de informações estratégicas é indispensável:
Croquis, coleções inéditas.
Estratégias de marketing.
Orçamentos e negociações.
Listas de fornecedores.
A ausência de cláusulas de confidencialidade expõe a marca a riscos comerciais.
6. Riscos jurídicos ampliados para marcas de moda
Marcas lidam com influenciadores, materiais de terceiros, fornecedores internacionais, produções audiovisuais e licenciamento. Cada área exige análise técnica específica para evitar:
Apropriação indevida de conteúdo.
Violações de direitos autorais.
Uso indevido da marca.
Prejuízos por contratos mal executados.
Por isso, a assessoria jurídica desde o início é um investimento estratégico, não um custo. Antes de assinar qualquer contrato, é indispensável que a marca compreenda seus direitos, responsabilidades e os riscos envolvidos. A atuação preventiva, com assessoria especializada em Direito da Moda, garante segurança jurídica, protege os ativos criativos e fortalece o posicionamento da marca no mercado.
O escritório Carolina Lago Advocacia atua exclusivamente com Direito da Moda, auxiliando marcas, empreendedores e empresas a estruturarem contratos sólidos, claros e juridicamente seguros. Para conhecer os nossos serviços ou entender como o escritório pode auxiliar a sua marca, acesse o link: https://linktr.ee/carolinalagoadvocacia




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